Estamos quase, quase no final do ano - que passou (mais um) à velocidade da luz.
Os miúdos estão crescidos e mudar. Uma mudança que é boa, porque faz parte da vida e do seu processo de crescimento, mas à qual me tem custado adaptar (embora pense que tenho feito progressos).
O Pedro está em plena idade do armário. Fecha-se no seu mundo e não partilha a sua intimidade, salvo raras exceções, e essa foi uma das realidades a que me tem sido difícil habituar, mas que procuro aceitar - faz parte, dizem, ele depois volta a ser o que era - figas! Se para eles pode ser uma fase confusa, para nós pais, também não é fácil. Deixou de ser o meu 'doce', mas continua a ser o meu menino, com o mesmo sentido de justiça e lealdade e um sentido de humor cada vez mais apurado.
A Inês está quase a entrar nesta fase. Diferente do irmão, mais emotiva e expansiva nos afetos, é muito senhora do seu nariz. Entrou na fase da mudança de visual, o que tínhamos guardado já não serve, o estilo é outro. A mãe já começa a ser a cota, apesar de ainda ser companheira de conversa e de algumas atividades.
Aliás, para os dois, a mãe e o pai, já estão a entrar na fase do 'envergonha', e aí confesso que adoro provoca-los ;).
Estão ambos em anos de exames, ela no 6º e ele no 9º. Nenhum gosta de estudar, nem da escola, mas ainda assim têm sido bons alunos (embora o Pedro tenha descido um pouco desde o ano passado). Ele não sabe o que quer, nem o que vai escolher no próximo ano. Ela sabe que gosta de tecnologia e informática, mas ainda tem tempo para pensar.
Eu gosto de estar com eles. Muito. Mas também tenho sentido falta de ter o 'meu' tempo, de estar completamente sozinha. Depois caio em mim e penso 'aproveita, porque daqui a menos de 4 anos podes ter o primeiro a sair de casa para ir estudar' e assim ganho força para o corre - corre diário. Continuo a querer guardar todos os momentos, mas com uma consciência cada vez mais clara, de que isso é uma ilusão... e continuo a tentar. Tenho saudades deles pequenos... e vou ter saudades deles nesta fase.
Vamos ver o que 2014 nos traz, para além dos cortes que já sabemos que teremos. Pelo menos que não seja pior (em nada, já basta o que houve para os meus lados) do que o ano que está quase a terminar.
Entretanto vem o Natal e meu entusiasmo decresce a cada ano. Já devo estar a ficar velha... será? Hummm...