Saudades, sempre saudades...

Desde o dia 18 de Outubro de 1999 que vivo os meus dias de trabalho cheia de saudades dos meus filhos. Não consigo evitar.
E tenho pena de não poder largar tudo para ficar em casa com eles e aproveitar tudo o que estes primeiros anos das suas pequenas vidas têm para nos mostrar.
Aquela data é o dia em que, pela primeira vez, deixei o Pedro no infantário. Precisamente quando completava 4 mesinhos... Lá fiz-me de forte, mas o caminho de volta foi de choro autêntico.
Pensei que seria mais fácil com a Inês, pois ao fim ao cabo já era a segunda. Puro engano... as saudades apenas aumentaram, bem como o sentimento de culpa por não poder acompanhá-los em tudo.
Hoje embora os deixe sem problemas, até porque sei que eles ficam e se sentem bem, as saudades não diminuem e a hora de ir buscá-los é a melhor do meu dia.
Mesmo que logo a seguir me ponham os cabelos em pé, são os meus piscos de gente fofa. Há muita coisa que vou perdendo, mas também ganho uns abraços apertados e um sorriso enorme todos os dias.
E o mais engraçado é que, quando vamos pai e mãe, é ver qual é que chega primeiro para apanhar esse sorriso em primeiro lugar. Pois é, nessas alturas somos nós as crianças, à busca do nosso doce e mimo do dia.