Desesperos...

Hoje fiquei com a certeza de que não somos os únicos pais a desesperarem em determinadas situações e atitudes dos nossos piscos.
À tarde fomos à BA. O Pedro quis, num dos BX, procurar mais um baralho das cartas que adora e, não tendo encontrado, quis por força trazer outra coisa qualquer... só para não vir sem nada.
Confesso que desesperei, pois já estava cansadíssima. Cheguei a um ponto em que lhe disse "Chega! Estou cansada, farta e se não te despachas eu vou-me embora e tu ficas!" - Bem, nesta altura dou conta que tenho o meu "big boss" em frente, a sorrir para nós... ok... o que vale é que o sorriso, dele e da mulher, eram de alguma compreensão :).
Só que ainda por cima hoje foi mesmo um daqueles dias em que andávamos constantemente atrás deles, que não paravam de solicitar algo (atenção, ou objectos, ou...), tudo aliado a uma desobediência crassa, que também nos obriga a repetir tudo "n" vezes. Ufff!
Fomos lanchar ao snak-bar. E depois de mais uns desesperos e suspiros profundos, dei conta de um pai que, na mesa ao lado, passava por algo semelhante com a sua filha... (senti um solidariedade imediata, confesso) O pobre já se tinha levantado não sei quantas vezes e ainda nada estava bem, até que finalmente lhe perguntou "já posso ficar um bocadinho sentado, a comer sossegado?".
Pois é, quando não temos filhos, pensamos sempre que determinadas situações, connosco, nunca serão como as vemos nos outros. O pior é depois! Já nem sei quantas vezes paguei pela língua (fora as que ainda pagarei)! E, admito, às vezes "dói"... ;-).