1 ano depois,

para além da saudade imensa, com a qual se vai aprendendo a lidar dentro do possível,às vezes há a sensação estranha de que estás incrivelmente perto.
A minha defesa tem sido não pensar. Daí que quando há a tal sensação de que estás perto, ela é bem acolhida e sei que olhas por nós.
Não foi um ano fácil.
Ainda penso em contar-te a mínima coisa, ou em telefonar-te como fazia e no segundo seguinte caio 'na real'. Partilhávamos tanta coisa :)
Continuo a sentir que uma parte de mim e de quem sou partiu contigo para sempre.
Os teus netos, têm falado de ti nos últimos dias, do que se lembram, do que lhes deixaste em memória, de como eras com eles. Digo-lhes que é assim que te mantemos viva,através dos nossos corações, ao que ambos respondem de imediato "mas ela está viva!".
Há coisas que ainda me custa fazer, como ouvir uma determinada música ou olhar determinada foto. Mas já consegui avançar noutras. É assim, um dia de cada vez.
Se com os meus filhos aprendi a incondicionalidade do amor, contigo, com a tua partida, aprendi (sentindo) que efectivamente ele é eterno e sobrevive a todas as coisas.
Um beijo.