Aos 10 anos, o Pedro ainda acredita piamente no Pai Natal - o que, confesso, me enternece e delicia bastante.Porque já me disseram que era melhor, até para que a criança não seja alvo de gozos ou comentários menos simpáticos por parte dos colegas, decidi que estaria na altura de lhe contar a verdade.
Ontem chamei-o para termos uma conversa os dois, disse-lhe que teria que ser um segredo entre nós e que a irmã ainda não poderia saber.
- "Lembras-te do que os teus colegas diziam do Pai Natal?"
- "Sim, que não existe. Mas existe, eu sei!" - afirmou ele, com uma convicção que me espantou.
- "E se eu te dissesse que ele não existe?"
- "Eu não acredito. Sei que ele existe."
Face a tanta convicção, deixei a conversa neste ponto. Costumou-me demasiado contrariar esta crença funda, esta fantasia tão verdadeira para ele, tão da criança que ele ainda é.
Hoje acordou logo, porque não tinha percebido o que queria conversar com ele e o porquê de tanta solenidade quando falámos. Apenas lhe respondi que a conversa seria retomada na altura própria.
Acho que vou deixá-lo acreditar mais um pouco.
5 comentários:
A Pipoca também acredita piamente no Pai Natal.Pelos mesmos motivos, e quando ela falou no Pai Natal durante as férias, aproveitei a Pipoquinha não estar presente e perguntei-lhe quem é que era o Pai Natal, respondeu-me como se fosse óbvio: são vocês!
Mas continua a falar como se acreditasse piamente, e para quem desconheça a conversa que tive com ela, ele é bem real para ela!
Ainda bem que acreditam!
É isso aí, deixa-o ser criança e viver como tal, tem tempo para crescer e viver o mundo dos adultos sem fantasia.
Penso que os meus não acreditam no pai natal e ao mesmo tempo veneram a figura do pai Natal.
Beijinhos,
Ana e seus tesourinhos
tb acho que o deves deixar acreditar, é bom acreditar mos em algo que nos dê felicidade.
bom fim de semana
Ele acredita porque ainda quer acreditar.
Assim mesmo!!
concordo vai chegar a hora certa, eu para proteger o meu filhote dos tais gozos, contei-lhe que a fada dos dentes não existia, que era o pai e mãe que escreviam as cartas do país das fadas e que deixa os presentes e levava os dentes, pediu-me para os mostrar, então eu mostrei todos os que tinha guardado com carinho, chorou uma tarde inteira e entre soluços dizia que preferia nunca ter sabido a verdade, e eu claro que me arrependo até hoje:)
beijinhos
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